ESPETÁCULO NACIONAL
VAMOS PRA COSTA? – Núcleo da Tribo (Itacaré/BA)
Três pescadores-dançarinos em cena descrevem suas funções na pescaria artesanal que acontece entre outubro e março no litoral baiano, na cidade de Itacaré/BA. A partir de suas experiências, podemos conhecer um pouco mais sobre a pesca da Costa: a relação de hierarquia e de confiança, o poder da visibilidade, a especificidade de cada corpo em executar uma determinada ação, temporalidades.
Um espaço múltiplo de troca, pessoas de diferentes regiões se encontram para realizar a pesca artesanal. O alimento, os encontros, a disputa, a sobrevivência, a vivência, todos juntos. Mas sem peixes não tem canoa na arrebentação, sem peixes não tem rede bem costurada, sem peixes não tem piageiros, sem peixes não tem histórias.
DATA: 10/11, DOM
HORÁRIO: 20h30
LOCAL: Centro Cultural Porto de Trás, Itacaré/BA
FICHA TÉCNICA
Direção artística e criação: Verusya Correia
Criação e Performance: Arionilson Xixito, Guilherme Pitche e Valmilson Pericles Nascimento
Designer e operação de luz: Márcio Nonato
Cenário e figurino: Núcleo da Tribo
Produção: Casa Ver Arte
Trilha sonora: DeluxeJoyPilot by Felix Ruckert de Christian Meyer, Paris Texas de Gotan Project; Beira de Lucas Oliveira Rosário; Percussion Storm de Baaba Maal Yiriyaro
Núcleo da Tribo
Núcleo da Tribo é composto por capoeiristas-dançarinos. Em 2008 o grupo começou estudos ligados ao diálogo com a dança contemporânea, através de espetáculos e intervenções urbanas. Essas investigações tiveram início exatamente com Verusya Correia, doutoranda e Mestre do Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA. Nestes últimos anos, produzimos três espetáculos de dança contemporânea: Os filhos os contos, Vamos pra costa? e o Toque de guerra; a oficina Da Totalidade ao Vamos pra costa? duas danças filmadas (Vamos pra costa? e Samba que Soma) e intervenções artísticas. Todas essas investigações cênicas partiram das análises do contexto local, relatos das experiências vividas pelos moradores do bairro Porto de Trás – Quilombo Urbano. Dando visibilidade aos modos de organização e composição das poéticas relacionado ao cotidiano, os corpos negros dos moradores do bairro Porto de trás, no município de Itacaré/BA. E tem em sua investigação a relação entre dança, cidade e corpo negro.