É o desdobramento de uma pesquisa sobre as fronteiras construídas em um mundo distópico – já não estamos caminhando firmemente para ele? Onde as fronteiras entre peles, entre o contato entre humanos e entre o humano e o não humano é cada vez mais impermeabilizado. Um dos resultados dessa pesquisa estético-política-coreográfica é o clipe “Quero falar”. A fronteira está no limite antes do encontro, o que divide e limita o acesso, mas também o ponto de mudança. Neste momento em que vivemos, a fronteira está completamente interligada com uma ação política, pois a fronteira molda o encontro. Na descontinuidade de si se percebe o outro, que dependendo de como se vê vai definir a maneira de se relacionar. O que diferencia o homem do peixe, o céu da terra, o rio do mar, se não a ideia de fronteira que permeia a existência de cada um e que é moldada partindo do olhar humano. “Quero Falar” é um experimento de procedimentos imaginários para o encontro.
É artista da dança, produtora cultural, iluminadora e arte-educadora. Criadora do solo “Dobra” (2019), co-criadora das performances “Suco da Revolta”(2016) e “O horizonte é quando a vista deita os enganos do mundo” (2015). É intérprete criadora dos trabalhos “Há violência no silêncio?”, de Nirlyn Seijas (2014) e de “Processo Dilatado”(2019), de Thiago Cohen. Junto a Deslimites Mediações Artísticas participou como gestora e parceira da ocupação cultural feminista na Casa Rosada dos Barris de maio de 2018 a julho de 2020. Atualmente é dançarina da Reforma Cia de Dança, dirigida por Guego Anunciação, participa dos grupos de pesquisa da UFBA de Prevenção de Lesões, coordenado por Clara Trigo, e do CorpoLumen, de improvisações em tempo real, coordenado por Daniela Guimarães.
É artista da dança, pisciano e aprendiz de poeta. É criador do solo “Demolições – La Petite Mort” (2015) com direção de Asier Zabaleta, atuou como intérprete nos espetáculos “Corpo, Carga, Calma Alma” de Ben J. Riepe (DE) e “Intempestivamente” de Adam kinner (CAN), Integrou a Deslimites Mediações Artísticas, criou o solo Burua Itzali em residência Artística com Asier Zabaleta e CIA Ertza em Dantzagunea – País Basco norte da Espanha, Dirigiu os espetáculos “Kilezuuummmm” e “Processo Dilatado” e é autor do livro-objeto coreográfico Pequena Coleção de Insignificâncias.
Vozes: Antônia Silva de Assunção
Elenco e Roteiro: Ana Brandão e Thiago Cohen
Direção de Cena: Verusya Correia
Direção de Fotografia e Montagem: Victor Quixabeira e Souza
Imagens Aéreas: Tárek Roveran – Itacaré Drone
Fotografia Still: Wilson Oliveira
Trilha Sonora: Chico Neves – ESTÚDIO304selo
Direção de Produção de Conteúdo: Rafael Ventuna
Coordenador de Produção: Gilmar Silva
Produção: Lucia Kobayashi e Richard Melo
Assistência de Produção: Jaana Rocha e Vitoria Santos
Cenotécnico: Aloísio Ferreira
Esta obra é uma criação coletiva para o Online Festival de Dança Itacaré 2021 com a colaboração de artistas baianos.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.