O que os encontros mudam na gente? O Coletivo Trippé busca nessa proposta entender o corpo como um arcabouço de memórias e a pele como sua fronteira, mas também um limite poroso que permite trocas. O maior órgão do nosso corpo é proteção, nossa margem, meio de diálogo. É a escrita de nossos corpos, que registra em sinais e cicatrizes nossas vivencias. Assim, pensamos também o que de ancestralidade ela nos indica e quais indícios de temporalidade ela nos aponta. Os encontros possíveis entre corpos masculinos e femininos, bem como negros e brancos, do elenco também tencionarão discursos. Os integrantes do coletivo entendem o sentido de margem ao morar em Juazeiro-BA, banhada pelo Rio São Francisco e há poucos metros de Petrolina-PE. As duas cidades se comunicam através dessas águas que banham suas margens, como dois corpos que se encontram para dançar. Nesse lugar de entendimento, de ser interior, de se estar à margem dos grandes centros, mas também de criar suas próprias margens.
O Coletivo Trippé, formado por Adriano Alves, Clara Ísis e Julia Gondim, comemora em 2021 os seus 10 anos de trabalho contínuo com artes no Sertão do São Francisco, realizando diversas atividades que celebram esse marco histórico. A palestra aborda memórias do coletivo e levanta pautas discutidas pelos seus projetos, como a interiorização de políticas culturais, processos criativos de Dança afetiva, mediação cultural para novos públicos e gestão colaborativa.
Vozes: Maria das Graças
Elenco e Roteiro: Adriano Alves, Clara Ísis e Julia Gondim
Direção de Cena: Verusya Correia
Direção de Fotografia e Montagem: Victor Quixabeira e Souza
Imagens Aéreas: Tárek Roveran – Itacaré Drone
Fotografia Still: Wilson Oliveira
Trilha Sonora: Chico Neves – ESTÚDIO304selo
Direção de Produção de Conteúdo: Rafael Ventuna
Coordenador de Produção: Gilmar Silva
Produção: Lucia Kobayashi e Richard Melo
Assistência de Produção: Jaana Rocha e Vitoria Santos
Cenotécnico: Aloísio Ferreira
Pescador e Condutor Náutico: Reuben Bomfim de Oliveira
Agradecimento in memoriam: Cleandro Antônio Gomes do Reis
Esta obra é uma criação coletiva para o Online Festival de Dança Itacaré 2021 com a colaboração de artistas baianos.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.