Oficina
Uma experiência dançante com a corda
Topa?
Esta oficina parte das elaborações do processo criativo do espetáculo Vamos pra costa? do Núcleo da Tribo. Neste encontro será abordado e apresentado a laboração da criação e as experiências desta ação de pesca no litoral do sul da Bahia. No espetáculo Vamos pra Costa?, o processo de criação começou em janeiro de 2015. Um desejo do Magno Rocha (Miquiba), um dos dançarinos, em produzir um espetáculo de dança sobre a pesca artesanal – sua composição é feita por moradores do bairro Porto de trás, de outros bairros e convidados, que ocorre na praia da costa, localizada na outra margem do Rio de Contas, em Itacaré/BA. O propósito é começarmos a dialogar e experimentar a partir da organização da pesca movimentos corporais.
Durante o processo iremos abordar as seguintes perguntas: como é a organização desta pesca? Quem participa e qual a sua função? Para que serve? Quais os elementos necessários para atividade? E sua função? O que acontece em alto mar? E quando a rede chega em terra, o que ocorre?
Através do trabalho de improvisação, seleções de materiais a partir da experiência dançante com a corda, analisaremos os modos de organização, os modos de participação. Com as experiências, podemos conhecer um pouco mais sobre a pesca da Costa, assim como a nossa relação com o nosso cotidiano: a relação de hierarquia e de confiança, o poder da visibilidade, os tensionamentos, a observação, a especificidade de cada corpo em executar uma determinada ação, as temporalidades.
Metodologia || estratégias pedagógicas:
Duração e carga horária: 3 dias (3h diária)
Data: setembro 09, 10 e 11
Horários: Sex e Sab 10 h às 13h / Dom 07h às 10h
Quantidade de participantes: Até 18 participantes
Faixa-etária: Livre
Público-alvo: Oficina aberta para artistas e não artistas, para toda e qualquer pessoa interessada em processos de criação, movimento e dança.
Dois ministrantes por encontro.
Ministrante
O Núcleo da Tribo desenvolve há 18 anos um trabalho sociocultural no bairro do Porto de Trás – Quilombo Urbano e é composto pelos capoeiristas-dançarinos Arionilson Xixito, Miquiba Cruz e Valmilson Pericles Nascimento. Em 2008 o grupo começou estudos ligados ao diálogo com a dança contemporânea, através de espetáculos e intervenções urbanas. Essas pesquisas tiveram início exatamente com Verusya Correia, doutoranda e Mestre do Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA. Tem em sua investigação a relação entre o ambiente, dança, corpo e ativismo político. O Núcleo da Tribo compõe a curadoria do Festival de Dança Itacaré.
“… O lugar é a oportunidade do evento… Por isso fala-se na imprevisibilidade, a que Ricoeur chama de autonomia, a possibilidade, no lugar, de construir uma história de ações que seja diferente do projeto dos atores hegemônicos.” Da totalidade ao lugar de Milton Santos